Veja imagens do interior do Instituto Royal | Ativistas invadem instituto Royal e resgatam animais em São Roque | "Ativistas resgatam cães de teste do Instituto Royal" | Ativistas libertam cães usados em pesquisas em laboratório de São Roque - São Paulo | Gerente-geral do Instituto Royal chama ação de "terrorismo"
"Terrorismo"
Por que você julga ser aceitável atacar cientistas que estão usando cobaias para desenvolver novos medicamentos?
Jerry Vlasak:
Qualquer coisa que detiver essas pessoas é moral e necessária. Não
estamos falando de gente inocente. Eles torturam animais em laboratórios
todos os dias. Não adianta eu parar numa calçada com um cartaz pedindo o
fim dos experimentos. Ninguém vai me ouvir. E a verdade é que nossas
táticas funcionam. A Universidade de Cambridge desistiu de construir um
laboratório porque ficou com medo dos ativistas - eles também acharam
que o sistema de segurança ficaria muito caro. Uma empresa especializada
em pesquisas já perdeu 63 clientes e fornecedores. Nossa pressão também
já fechou uma fazenda que criava gatos e um canil que fornecia cães da
raça beagle para laboratórios. Nelson Mandela dizia que a não-violência é
uma estratégia, não um princípio moral. Nós temos o dever moral de
fazer o que dá resultados.
No Reino Unido, ativistas pelos direitos dos animais, durante
campanha para fechar uma fazenda que criava porquinhos-da-índia para
pesquisa médica, chegaram a roubar da sepultura os restos mortais da
sogra de um dos proprietários. Você concorda com esses meios?
Steven Best: Essa campanha foi talvez a mais dura já travada. Além de terem alvejado a família destruindo sua propriedade, [os ativistas] alvejavam todos no vilarejo que tinham relação com a família. Isso mostra o quão longe esse movimento está disposto a ir para fechar uma fazenda de criação -já fecharam cinco desse tipo no Reino Unido.
Sem levar em conta o contexto da ação, parece que essas pessoas são más ou terroristas. Mas, sejam quais forem os danos que eles tenham imposto à família e à comunidade, eles não se comparam aos que todas as famílias de criadores e os laboratórios têm feito aos porquinhos-da-índia. Os ativistas não fizeram isso porque gostam de produzir dor nas pessoas, mas porque queriam impedir que a família infligisse mais dor a um sem-número de animais. Outro aspecto importante é que o governo [britânico] se aliou às grandes empresas de biotecnologia. Ignora as leis de bem-estar animal e protege criadores e laboratórios de toda forma possível. Os ativistas abandonaram a ilusão de que o governo protegeria o bem-estar animal.
Steven Best: Essa campanha foi talvez a mais dura já travada. Além de terem alvejado a família destruindo sua propriedade, [os ativistas] alvejavam todos no vilarejo que tinham relação com a família. Isso mostra o quão longe esse movimento está disposto a ir para fechar uma fazenda de criação -já fecharam cinco desse tipo no Reino Unido.
Sem levar em conta o contexto da ação, parece que essas pessoas são más ou terroristas. Mas, sejam quais forem os danos que eles tenham imposto à família e à comunidade, eles não se comparam aos que todas as famílias de criadores e os laboratórios têm feito aos porquinhos-da-índia. Os ativistas não fizeram isso porque gostam de produzir dor nas pessoas, mas porque queriam impedir que a família infligisse mais dor a um sem-número de animais. Outro aspecto importante é que o governo [britânico] se aliou às grandes empresas de biotecnologia. Ignora as leis de bem-estar animal e protege criadores e laboratórios de toda forma possível. Os ativistas abandonaram a ilusão de que o governo protegeria o bem-estar animal.
Então a ação se justifica?
Best: A verdadeira fonte de violência e de terrorismo é a que é aplicada a esses animais. Há momentos em que a violência é necessária. Nós a usamos para dar cabo da 2ª Guerra Mundial, a usamos em casos de autodefesa e quando os animais não podem defender a si mesmos e exigem defesa. Não é justo usar violência para defender seres inocentes? Não questionamos isso quando se trata de seres humanos. Mas, quando esses seres inocentes são animais, isso se torna terrorismo.
Best: A verdadeira fonte de violência e de terrorismo é a que é aplicada a esses animais. Há momentos em que a violência é necessária. Nós a usamos para dar cabo da 2ª Guerra Mundial, a usamos em casos de autodefesa e quando os animais não podem defender a si mesmos e exigem defesa. Não é justo usar violência para defender seres inocentes? Não questionamos isso quando se trata de seres humanos. Mas, quando esses seres inocentes são animais, isso se torna terrorismo.
Radicais
..."a palavra extremista se refere à natureza incondicional daquilo em que as pessoas acreditam. Neste sentido, os defensores dos direitos dos animais (DDAs) são extremistas. De novo, deixe-me repetir: os DDAs realmente são extremistas, neste sentido. Eles realmente acreditam que é errado treinar animais selvagens a representar atos para o entretenimento humano, por exemplo. Mas, neste sentido, todo mundo é extremista. Por quê? Porquê há algumas coisas às quais todos nós (espero) nos opomos sem restrições.
Por exemplo, cada um de nós é extremista quando se trata de abuso infantil; somos contra o abuso infantil o tempo todo.
A verdade pura e simples é que pontos de vista extremos são, às vezes, pontos de vista corretos. Assim, o fato de sermos extremistas, no sentido de termos crenças incondicionais a respeito do que seja certo ou errado, não oferece, por si só, razão para se pensar que estejamos errados. Então a questão a ser examinada não é: 'Os defensores dos direitos dos animais são extremistas?' A questão é: 'Eles estão certos?' Esta pergunta quase nunca é feita, e, menos ainda, respondida adequadamente."
-- Tom Regan; Jaulas Vazias
Ver também:
Gerente do Instituto Royal diz que ativistas é que maltrataram os animais: "Por exemplo, a quantidade de fezes e de urina que os ativistas relataram lá dentro. Imagine que todos os animais estavam dormindo numa condição de temperatura, iluminação e umidade controladas. De repente, entram 150 pessoas fazendo aquela arruaça que todo mundo viu, aos gritos de 'pega aqui o cachorro, pega lá, aqui mais um sendo salvo'. É claro que eles urinaram e defecaram. Os animais ficaram estressados", disse. Leia a entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
E ainda: E se os Beagles falassem... | Testes em animais não-humanos | Mas... e os ratos? | Diga não ao Instituto Royal (Facebook)
Nenhum comentário:
Postar um comentário