Black blocs; Entenda

Manifestações - Black blocs
Black bloc é o nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados - e frequentemente vestidos de negro - se reúnem com objetivo de protestar em manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalistas, conferências de representacionistas entre outras ocasiões, utilizando a propaganda pela ação para questionar o sistema vigente.

As roupas e máscaras negras que dão nome à estratégia são usadas para dificultar ou mesmo impedir qualquer tipo de identificação pelas autoridades, também com a finalidade de parecer uma única massa imensa, promovendo solidariedade entre seus participantes e criando uma clara presença revolucionária.
Black blocs se diferenciam de outros grupos anti-capitalistas por rotineiramente se utilizarem da destruição da propriedade para trazer atenção para sua oposição contra corporações multinacionais e aos apoios e às vantagens recebidas dos governos ocidentais por essas companhias. Um exemplo desta atividade é a destruição das fachadas de lojas e escritórios como McDonald's, Starbucks, Fidelity Investments, e outros locais relacionados às corporações no centro de Seattle, durante as manifestações contra a Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio de 1999.

Concepção errada
Existe um entendimento, principalmente entre os noticiários das mídias comerciais de massa, que o "black bloc" é uma organização internacional de algum tipo. No entanto, nada mais é do que uma tática utilizada por grupos de manifestantes sem muitas conexões. Existem vários grupos black bloc dentro de uma única manifestação, com diferentes formas e táticas.

Perseguição política
Os black bloc têm sofrido diversas pressões da polícia e do Estado para ser desmobilizados, infiltrações de agentes do Estado e que por vezes colocam uma máscara para desmobilizar a ação dos coletivos, isso acaba por gerar um Black bloc mais organizado taticamente no que concerne combater e reconhecer estes agentes.

-- Wikipédia


“Aqueles que possuem autoridade, temem a máscara pelo seu poder em identificar, rotular e catalogar comprometido: em saber quem você é... nossas máscaras não servem para esconder ou ocultar a nossa identidade, mas para revelá-la... hoje nós devemos dar um rosto a essa resistência; colocando nossas máscaras mostramos a nossa união; e levantando as nossas vozes nas ruas, nós botamos pra fora toda a raiva contra os poderoso sem rosto...”
-- Extraído de uma mensagem impressa dentro das 9000 máscaras distribuídas em protesto na cidade de Londres em 1999. -- Black Bloc Brasil

"A maior parte das pessoas no Egito tem medo deles, acha que são vândalos ou bandidos", afirmou a ativista egípcia Nihal Zaghloul. Surgida nos anos 1980 na Alemanha no âmbito dos movimentos de contra-cultura e em defesa dos squats, a tática de protesto Black Bloc originalmente pode ou não usar a violência e tem alvos específicos, como agências bancárias. -- Black Blocs cativam e assustam manifestantes mundo afora

Vestido de preto, usando máscaras ou panos para esconder o rosto, o grupo tomou a linha de frente das manifestações e tem sido relacionado por segmentos da imprensa como vândalos, baderneiros e responsáveis pelos confrontos com a Polícia Militar. De acordo com a mídia, as máscaras seriam para esconder o rosto para a prática da desordem, mas será que é isso mesmo? -- As ideias por trás do grupo Black Bloc

O Black Bloc não é um grupo, nem uma organização, segundo Jeffrey Juris, professor do Departamento de Antropologia e Sociologia da Northeastearn University, em Boston, nos Estados Unidos.
“É um conjunto de táticas. Alguns grupos têm ideologias específicas, mas o principal é que eles têm um sentimento geral de ressentimento contra o sistema e a ideia de que o Estado é o responsável pela violência. Eles sentem que o sistema é injusto e violento com a população, e querem responder da mesma forma”. -- Black Bloc: a linha de frente de protestos contra bancos e governo

Zona Autônoma Temporária
"O teórico da TAZ, Zona Autônoma Temporária (Temporary Autonomous Zone), criou um conceito que determinados grupos logo converteram nos Black Blocs. Estes grupos são os que, no curso das manifestações contra o G-7, a OTAN, o FMI e o G-20, ocupam a cabeceira das mobilizações e se transformam em comando de choque: sucursais de bancos destruídas, automóveis de luxo queimados, vitrines de lojas “para ricos” quebradas e enfrentamentos diretos com as forças da “ordem” que caracterizam um modo de ação que remonta os anos 80 e que a partir dos 90 utilizou os princípios enunciados por Hakim Bey. Este autor anarquista se chama na realidade Peter Lamborn Wilson. Escritor, poeta e político, Wilson se define como um "anarquista ontologista".
Sua obra, que é escrita com o pseudônimo de Hakim Bey, teoriza uma força crítica de ocupar o espaço controlado pelos aparatos estatais. As TAZ “aparecem e desaparecem para escapar melhor dos agrimensores do Estado. As TAZ ocupam provisoriamente um território, no espaço, no tempo, no imaginário e se dissolve enquanto está sendo repercutida. (...) A TAZ é uma insurreição fora do Tempo e da História, uma tática de desapropriação”. A tradução mais extrema e moderna desse enunciado foi modelada nas operações do que hoje são chamados os Black Blocs: ocupar um território ou espaço durante uma manifestação, destruir propriedades capitalistas como bancos, comércios de luxo, sedes de multinacionais e expressar com isso o repúdio ao sistema." -- Contra o capital, emergem os Black Blocs

"Um dos guias para os seguidores é um manual de 397 páginas chamado The Black Bloc Papers, disponível on-line, com um histórico dos principais confrontos e também um detalhamento das estratégias recomendadas para os manifestantes radicais. O manual ensina noções de primeiros socorros, o que fazer em caso de prisão e recomenda dicas básicas, como sempre levar uma camisa diferente na mochila, para não ficar marcado pela polícia e poder fugir após os conflitos." -- Entenda a ideologia por trás da quebradeira

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