Manifestações pacíficas

Nunca as elites, os porta-vozes da pátria e os papagaios da mídia estiveram tão de acordo sobre uma questão e sobre um determinado assunto como estão agora a respeito dos "vândalos" e do "vandalismo".
Quando falam das manifestações que, aliás, prometem incendiar o país nos próximos dias, só se ouve desses nada confiáveis senhores a mesma e enfadonha repetição, a mesma pobre e medíocre lengalenga de que "manifestação é um direito democrático mas..... sem vandalismo...". Esse papo idiota equivale mais ou menos a receitar sexo sem orgasmo!..--  Ezio Bazzo
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A multidão que tomou as ruas de São Paulo, ecoando o que já vinha acontecendo em outras cidades do Brasil, está longe de ser homogênea. Há grupos organizados – e alguns deles acreditam que a depredação é um ato legítimo de defesa, diante da violência sistemática praticada pelo Estado e pelo capital –, há partidos políticos de esquerda e há uma massa de pessoas, a maioria jovens, que aderiram movidas por suas próprias aspirações. O que une “os vários movimentos dentro de um” são os 20 centavos. Mas os 20 centavos deixaram de ser 20 centavos para se tornar expressão de um descontentamento difuso, mas nem por isso menos profundo. Uma decepção com a vida que se vive e um anseio por sentido.  -- Eliane Brum
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Ver também: Black blocsOxalá, o suposto despertar não seja apenas uma crise de sonambulismo... | Vandalismo por direito

E ainda: Para reflexão a respeito dos termos martelados pela mídia a cada poucos segundos ("pacífica"/"pacificamente", "vândalos"/"vandalismo", "baderneiros", "radicais"), veja o levantamento da BBC sobre as mudanças no uso das palavras durante a guerra


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